Luciano Silva foi detido pelos crimes de sequestro e cárcere privado.
Ele é proprietário de uma casa que foi usada como cativeiro por bandidos.

Uma família residente em Rio Largo, município da área metropolitana da capital, denunciou nesta sexta-feira (22) que a polícia realizou uma prisão injusta em Maceió. Segundo os familiares e amigos de Luciano Miguel da Silva, 37, que está detido desde domingo (17) pelos crimes de sequestro e cárcere privado, ele não possui nenhuma relação com os criminosos que sequestraram um homem na capital alagoana.
O sequestro em questão é de Guilherme Fernando da Silva, que conta que foi abordado por 3 homens quando estava saindo de um bar, na madrugada do domingo (17), que fica localizado no bairro da Serraria.
A vítima, que não reconheceu Luciano como agressor, disse que três homens o colocaram dentro de um carro e o vendaram com uma sacola plástica na cabeça.
Ele conseguiu fugir enquanto os bandidos ligavam pra família dele pra negociar o resgate, que não chegou a ser pago. Isso porque Guilherme conseguiu fugir, acionar a polícia e indicar o local do cárcere.
A casa em que Guilherme relata ter ficado preso pertence a Luciano Miguel da Silva, que há dois meses se mudou para Rio Largo com a família porque está fazendo reformas na antiga casa, que para ele e os familiares, estava fechada.
Assim, no domingo do crime, estranhando a movimentação da Polícia no local, o vizinho do imóvel Sebastião Manuel Bezerra entrou em contato com o Luciano, que se dirigiu ao local, onde foi preso ao se identificar como proprietário do imóvel
“Eu achei que era gente derrubando a casa para ajeitar, mas quando saí no portão e vi que era um bando de policial achei melhor ligar para o Luciano e avisar”, diz Sebastião Bezerra.
Equívocos
O advogado de Luciano Silva, Fábio Cavalcante, conta que não existe justificativa válida para a prisão do cliente, já que não há nenhum indício de que ele teria participado do crime do qual é acusado e que a própria vítima não reconhece a participação do suspeito.
“A suposta vítima estava de balaclava e um colete a prova de balas quando prestou depoimento e não reconheceu o Luciano. No depoimento ele relata que os três bandidos eram de grande porte, altos e fortes, com sotaque característico de outro estado. O Luciano não tem nenhuma destas características, ele tem no máximo 1,60 de altura. No próprio laudo, a vítima não reconhece o Luciano”, diz o advogado.
O advogado relata ainda que Luciano estava trabalhando na usina Sumaúma, que fica em Marechal Deodoro, na hora em que recebeu a ligação do vizinho. Até o momento, Luciano foi o único suspeito detido pelo sequestro e prossegue detido na Casa de Custódia do Jacintinho.
G1 AL